quarta-feira, 7 de março de 2012

Acender X Ascender

Acender: pôr fogo.
Ex: Precisaremos acender o fogo da lareira no Inverno.

Ascender: subir, promover.
Ex: João ascende o cargo de treinador naquele time.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Vim X Vir


É importante lembrar que a forma verbal VIM existe. O problema é saber quando usar. VIM é a 1ª pessoa do singular, do pretérito perfeito do indicativo, do verbo VIR: “Eu sempre VIM a esta festa e nunca tive nenhum tipo de problema”.
O uso de VIM  em lugar do infinitivo VIR é incorreto: “Ele não vai vim.” Usa-se: (= VAI VIR); “Vocês não vão vim?” Usa-se: (= VÃO VIR); “Você pode vim sempre que quiser.” Usa-se: (= PODE VIR).
Em vez de “vai vir” e “vão vir”, prefira ELE VIRÁ e ELES VIRÃO.

A Internet A seu alcance ou AO seu alcance?

Tanto faz. O uso dos artigos definidos (= o, a, os, as) antes dos pronomes possessivos (meu, minha, teu, seu, sua, nossa…) é facultativo.


NOGUEIRA, Sérgio. http://g1.globo.com/platb/portugues

Haja ou hajam?


“Na frase ‘Na partida em que HAJAM jogadores convocados…’, o verbo HAVER é auxiliar para a formação da voz passiva (hajam sido/tenham sido) ou tem o sentido de ‘existir’, sendo, portanto, impessoal?”
A princípio, podemos interpretar a frase de duas maneiras:
1a) HAVER tem o sentido de “existir”. É verbo impessoal (=sem sujeito). Isso significa que só pode ser usado no SINGULAR: “Na partida em que HAJA (=existam) jogadores convocados…”
2a) É possível interpretarmos a frase na voz passiva (=com o verbo SER subentendido). Nesse caso, o termo JOGADORES seria o sujeito. O verbo HAVER seria auxiliar e deveria concordar no plural: “Na partida em que os jogadores HAJAM SIDO CONVOCADOS…”
Para saber qual das duas interpretações é a correta, é necessário conhecer o restante da frase.
O mais provável é a primeira interpretação: “…hajam jogadores convocados”.

Referência Bibliográfica: NOGUEIRA, Sérgio. http://g1.globo.com/platb/portugues

Apreçar X Apressar

Apreçar: colocar o preço.
Ex: Precisamos apreçar as mercadorias.

Apressar:
Ex: Devemos apressar os contribuintes do imposto de renda.



"Acerca de; Cerca de; Há cerca de"

Acerca de: a respeito de, sobre.
Ex: Precisamos falar acerca de nosso relacionamento.

Cerca de: aproximadamente.
Ex: Ainda precisamos percorrer cerca de dez quilômetros.

Há cerca de: faz aproximadamente, existe aproximadamente, acontece aproximadamente.
Ex: Casamos há cerca de oito anos.

Concordância Verbal

"Concordância verbal é definida pela adaptação em gênero e número estabelecida entre o verbo e o sujeito."

Há uma relação de dependência estabelecida entre um termo e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes principais desse processo são representados pelo sujeito, que no caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha a função de subordinado.
Dessa forma, temos que a concordância verbal se caracteriza pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número e pessoa” em relação ao sujeito.
Ex: O colaborador chegou atrasado.
Temos que o verbo se apresenta na terceira pessoa do singular, pois faz referência a um sujeito, assim também expresso (ele).
Se a mesma frase fosse passada para o plural, teríamos: Os colaboradores chegaram atrasados.
Temos aí o que podemos chamar de princípio básico. Contudo, a intenção a que se presta o artigo em evidência é eleger as principais ocorrências voltadas para os casos de sujeito simples e para os de sujeito composto. Dessa forma, vejamos:

Casos referentes a sujeito simples
1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo em número e pessoa.
Ex: O colaborador chegou atrasado.

2) Nos casos referentes a sujeito representado por substantivo coletivo,  o verbo permanece na terceira pessoa do singular: 
Ex: A multidão, apavorada, saiu aos gritos.
Observação:
- No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o plural:
Ex: Um bando de ladroões saiu aos apressadamente.
      Um bando de ladrões saíram aos apressadamente.

3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas, representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de, uma porção de, entre outras”, o verbo tanto pode concordar com o núcleo dessas expressões quanto com o substantivo que a segue:
Ex: A maioria dos alunos resolveu ficar.
       A maioria dos alunos resolveram ficar.

4) No caso de o sujeito ser representado por expressões aproximativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo concorda com o substantivo determinado por elas:
Ex: Cerca de vinte candidatos se inscreveram no concurso Municipal.

5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão “mais de um”, o verbo permanece no singular:
Ex: Mais de um candidato se inscreveu no concurso Municipal.
Observação:
* No caso da referida expressão aparecer repetida ou associada a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, necessariamente, deverá permanecer no plural:
Ex: Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram na campanha de doação de alimentos.
      Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades de formatura.

6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos que”, o verbo permanecerá no plural:
Ex: Esse jogador foi um dos que atuaram na Copa América.

7) Em casos relativos à concordância com locuções pronominais, representadas por “algum de nós, qual de vós, quais de vós, alguns de nós”, entre outras,  faz-se necessário nos atermos a duas questões básicas:
* No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, o verbo poderá com ele concordar, como poderá também concordar com o pronome pessoal:
Ex: Alguns de nós o receberemos. / Alguns de nós o receberão.
* Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso no singular, o verbo permanecerá, também, no singular: 
Ex: Algum de nós o receberá.

8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome “quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular ou poderá concordar com o antecedente desse pronome:   
Ex: Fomos nós quem contou toda a verdade para ela. / Fomos nós quem contamos toda a verdade para ela.

9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra “que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa palavra:
Ex: Nesta escola somos nós que tomamos as decisões. / Em casa sou eu que decido tudo. 

10) No caso de o sujeito aparecer representado por expressões que indicam porcentagens, o verbo concordará com o numeral ou com o substantivo a que se refere essa porcentagem:   
Ex: 50% dos funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50% do eleitorado apoiou a decisão.
Observações:
- Se o numeral vier anteposto à expressão de porcentagem, o verbo concordará com ele:
Ex: Aprovaram a decisão da diretoria 50% dos funcionários.   
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular:
Ex: 1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria.
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de determinantes no plural, o verbo permanecerá no plural:
Ex: Os 50% dos funcionários apoiaram a decisão da diretoria.

11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por pronomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira pessoa do singular  ou do plural: 
Ex: Vossas Majestades gostaram das homenagens.
       Vossa Majestade agradeceu o convite.

12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo próprio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos que os determinam:
*  Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser, este permanece no singular, contanto que o predicativo também esteja no singular: 
Ex: Memórias póstumas de Brás Cubas é uma criação de Machado de Assis. 
* Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também permanece no plural:
Ex: Os Estados Unidos são uma potência mundial.
* Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem aparece, o verbo permanece no singular:
Ex: Estados Unidos é uma potência mundial.

Casos referentes a sujeito composto
1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas gramaticais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando relacionado a dois pressupostos básicos:
- Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as demais:
Ex: Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
- Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na 2ª ou na 3ª pessoa:
Ex: Tu e ele sois primos.
       Tu e ele são primos.

2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto ao verbo, este permanecerá no plural:
Ex: O pai e seus dois filhos compareceram ao evento.

3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer no plural:
Ex: Compareceram ao evento o pai e seus dois filhos.
       Compareceu ao evento o pai e seus dois filhos.

4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com mais de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular:
Ex: Meu marido e grande companheiro merece toda a felicidade do mundo.

5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas ou ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá permanecer no singular ou ir para o plural:
Ex: Minha vitória, minha conquista, minha premiação são frutos de meu esforço. / Minha vitória, minha conquista, minha premiação é fruto de meu esforço.

Referência Bibliográfica: DUARTE, Vânia.  http://www.brasilescola.com/gramatica/concordancia-verbal.htm

quinta-feira, 1 de março de 2012

Externo e esterno

Externo: exterior (do lado externo).
Esterno: Osso dianteiro do peito.

Ex: Quebrou o esterno ao cair do lado externo da sacada.


Concordância Nominal: Qualquer

Seu plural é quaisquer. É o único vocabulário português com desinência de plural medial, e não final.
Ex: Qualquer pessoa.
      Quaisquer pessoas.

Concordância Nominal: Menos

Menos é invariável. "Menas" não existe.


Ex: Na sala, há menos alunas do que alunos.
      As mulheres não são menos inteligentes do que os homens.
      Há menos vagas nas universidades federais do que nas particulares.

Concordância Nominal: Bastante- Bastantes

Bastantes- Adjetivo: muitos/ as
Bastante- Advérbio: muito

Ex: Bastantes alunos vieram à aula. (= muitos)
      Há bastantes apartamentos para alugar. (= muitos)
      Há vários dias chove bastante. (= muito)
      Chove há bastantes dias. (= muitos)
      As alunas são bastante esforçadas. (= muito)

Concordância Nominal: Anexo, incluso, junto

Concordam com a palavra a que se referem:
Ex: Remeto-lhe anexas as certidões.
      Remeto-lhe anexo o mapa.
      Remeto-lhe inclusas as procurações.
      Remeto-lhe inclusa a procuração.
      Seguem juntas as faturas.
      Segue junta a fatura.

Observação: "Em anexo" é invariável:
Ex: Remeto-lhe em anexo as certidões.
"Junto", funcionando como advérbio (juntamente) ou compondo locução prepositiva (junto com, junto de) é invariável.
Ex: Junto, remeto-lhe as certidões.
      As mercadorias seguem junto com as fotocópias.


Referência bibliográfica: MAZZAROTTO, Luiz Fernando. Nova Redação Gramática e Literatura. DCL, São Paulo, 2009.

Concordância Nominal: É proibido, é bom, é necessário

Nos predicados nominais em que ocorre o verbo SER mais um adjetivo, formando expressões do tipo é bom, é necessário, é proibido, é claro etc., há duas construções:
1. Se o sujeito não vem precedido de artigo, ou qualquer modificador, a expressão fica invariável, portanto, no masculino.
Ex: É necessário organização.
     É proibido entrada. Entrada é proibido.
2. Se o sujeito vem precedido de artigo, ou qualquer modificador, a expressão concorda normalmente com o sujeito.
Ex: É necessária a organização.
     É proibida a entrada. A entrada é proibida.

Referência bibliográfica: MAZZAROTTO, Luiz Fernando. Nova Redação Gramática e Literatura. DCL, São Paulo, 2009.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Vírgula + conjunção "e"

http://www.objetivandodisponibilizar.com.br/?page_id=795

Polêmica: Vírgula antes de etc

http://www.recantodasletras.com.br/gramatica/2363744

A importância da conjunção no texto


Conjunção é a palavra invariável que pode ligar duas orações ou duas palavras de mesma função sintática dentro da oração.
         No texto, as conjunções são capazes de definir melhor nossas ideias e, consequentemente, deixar o texto mais preciso e objetivo.

Conjunções Coordenativas
        As conjunções são classificadas de acordo a relação de dependência sintática dos termos que ligam. Se conectarem orações ou termos pertencentes a um mesmo nível sintático, são ditas conjunções coordenativas.

          Aditivas
     Indicam uma relação de adição à frase: enemmas tambémcomo tambémalém de (disso, disto, aquilo)quanto (depois de tanto), bem como etc.
         Ex.: Estive em São Paulo e Goiás.
                Todos aqui estão felizes e encorajados.

           

        Adversativas

           Indicam uma relação de oposição. Também pode gerar um sentido de consequência a algo dito anteriormente. São elas: masporémtodaviaentretantono entantosenãonão obstantecontudo etc.       Antes dos nexos adversativos a vírgula é obrigatória.
         Ex: O menino caiu, mas não se feriu.

 

     Alternativas 

         Expressam uma relação de alternância, seja por incompatibilidade dos termos ligados ou por equivalência dos mesmos. São elas: ou... ououora... ora,já... jáquer... quer etc.
         Ex.: Ou me compras um carro, ou compro eu.

 

    Explicativas

     Expressam a relação de explicação, razão ou motivo. São elas: queporqueporquantopois (anteposta ao verbo).
       Ex: Ela escreve pouco porque está sem tempo.

 

    Conclusivas

           Indicam relação de conclusão. São elas: pois (posposta ao verbo), logoportantoentãopor issopor conseguintepor istoassim etc. Não dá ideia te tempo.
       Ex.: "Sou mulher, logo, só posso falar palavrão em língua estrangeira." (L.F. Telles)

Conjunções Subordinativas
         As conjunções subordinativas ligam uma oração de nível sintático inferior (oração subordinada) a uma de nível sintático superior (oração principal).

        Integrantes
     Introduzem orações (chamadas de substantivas) que podem funcionar como sujeito, objeto direto, predicativo, aposto, agente da passiva, objeto indireto, complemento nominal (nos três últimos casos pode haver uma preposição anteposta a conjunção) de outra oração. São elas: que e se.
        Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando não, usa-se "se".
        Ex: Afirmo que sou inteligente.
              Não sei se existe ou se dói.
                                                                                                                       
Uma forma de identificar o se e o que como conjunções integrantes é substituí-los por "isso", "isto" ou "aquilo".
       Ex: Afirmo que sou inteligente (afirmo isto.)
             Não sei se existe ou se dói (não sei isto.)                                                                                    

          Causais
   Iniciam orações denotadoras de causa.  São elas: porque, pois, porquanto, como, pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, na medida em que.
     Ex: Luísa voltou pois estava com saudades.
Como o frio era grande, aproximou-se da lareira.

 

          Comparativas

     Iniciam orações que contém o segundo membro de uma comparação. São elas: que, (mais/menos/maior/menor/melhor/pior) do que, (tal) qual, (tanto) quanto, como, assim como, bem como, como se, que nem (dependendo da frase, pode expressar semelhança ou grau de superioridade) etc.
     Ex: O marido está tão confuso quanto a esposa.

 

      Concessivas

     Iniciam orações em que se admite um fato contrário à ação proposta pela oração principal, mas incapaz de impedi-la. São elas: embora, muito embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que,em que, que,e, a despeito de, não obstante etc.
        Ex: Ainda que chova, irei ao centro.

 

        Condicionais

     Iniciam orações em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal. São elas: se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.
       Ex: Caso estivesse por perto, nada disso teria acontecido.

 

        Conformativas

    Iniciam orações em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal. São elas: conforme, como, segundo, consoante etc.
      Ex: Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial. (Machado de Assis)

 

       Consecutivas

   Iniciam orações nas quais se indica a consequência. São elas: que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que etc.
      Ex: Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.

        Finais

   Iniciam orações que indicam a finalidade, o objetivo da oração principal. São elas: para que, a fim de que, porque [para que], que etc.
     Ex: Chegue mais cedo a fim de que possamos conversar.

 

        Proporcionais

   Iniciam orações em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal. São elas: à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais … (mais), quanto mais (tanto mais), quanto mais … (menos), quanto mais … (tanto menos), quanto menos … (menos), quanto menos … (tanto menos), quanto menos … (mais), quanto menos … (tanto mais) etc.
     Ex: O preço do tomate aumenta à proporção que esse alimento falta no mercado.

 

         Temporais

   Iniciam orações indicadoras de circunstância de tempo. (Cuidado para não confundir "logo" com conjunção coordenativa conclusiva). São elas: quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, enquanto, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que] etc.
    Ex: Implicou comigo assim que me viu.

Observações gerais

Uma conjunção é na maioria das vezes precedida ou sucedida por uma vírgula (",") e muito raramente é sucedida por um ponto ("."). Seguem alguns exemplos de frases com as conjunções marcadas em negrito:
"Aquele é um bom aluno, portanto deverá ser aprovado."
"Meu pai ora me trata bem, ora me trata mal."
"Gosto de comer chocolate, mas sei que me faz mal."
"Marcelo pediu que trouxéssemos bebidas para a festa."
"João subiu e desceu a escada."
Quando a banda deu seu acorde final, os organizadores deram início aos jogos.
Em geral, cada categoria tem uma conjunção típica. Assim é que, para classificar uma conjunção ou locução conjuntiva, é preciso que ela seja substituível, sem mudar o sentido do período, pela conjunção típica. Por exemplo, o "que" somente será conjunção coordenativa aditiva, se for substituível pela conjunção típica "e".
Veja os exemplos:
Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és.
Dize-me com quem andas, e eu te direi quem és.
As conjunções alternativas caracterizam-se pela repetição, exceto "ou", cujo primeiro elemento pode ficar subentendido.
As adversativas, exceto "mas", podem aparecer deslocadas. Neste caso, a substituição pelo tipo (conjunção típica) só é possível se forem devolvidas ao início da oração.
A diferença entre as conjunções coordenativas explicativas e as subordinativas causais é o verbo: se este estiver no imperativo, a conjunção será coordenativa explicativa: "Fecha a janela, porque faz frio."
O "que" e o "se" serão integrantes se a oração por eles iniciada responder à pergunta "O que…?", formulada com o verbo da oração anterior. Veja o exemplo:
Não sei se morre de amor (o que não sei? Se morre de amor.)

O uso da conjunção "pois" pode a ser classificada em:
§                       explicativa, quando a conjunção estiver antes do verbo;
§                       conclusiva, quando a conjunção estiver depois do verbo;
§                       causal, quando a conjunção puder ser substituída por "uma vez que".

 

Referências

1.                     Paschoalin; Spadoto, Gramática — Teoria e Exercícios.
2.                     Evanildo, Gramática Escolar da Língua Portuguesa, Bechara

 




quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Vírgula II

Em seu dia a dia, faça uso de boas leituras e identifique as ocorrências das vírgulas.
Leia os exemplos a fim de que você compreenda a função das mesmas nas orações.


Usa-se a vírgula:

a) Separando as orações coordenadas assindéticas:
Pare, olhe, siga.

b) Separando as orações coordenadas sindéticas, exceto as ligadas pela conjunção "e":
Vá, mas volte depressa.

c) Separando as orações coordenadas sindéticas, ligadas pela conjunção "e", de sujeitos diferentes:
Ele foi ao Japão, e ela à Itália.

d) Separando as orações adverbiais:
Quando saístes, ela chegou.
Iríamos, se pudéssemos.

e) Separando as orações adjetivas explicativas:
O homem, que é mortal, acaba virando pó.

f) Separando as orações reduzidas:
Saciada a sede, contou-nos a aventura.

g) Separando as orações intercaladas:
Creio, afirmou Antônio, que este é um caso perdido.

h) Separando os elementos da mesma função sintática, normalmente assindéticos:
Os livros, os cadernos e os lápis estão sobre a mesa.

i) Assinalando a supressão do verbo:
Maria era rica; José, pobre.

j) Separando adjuntos adverbiais antecipados:
Naquele momento, todo pelotão se pôs em fuga.

k) Separando o aposto:
Jorge Amado, autor de Jubiabá, é um excelente romancista.

l) Separando o vocativo:
Não toque nesses doces, menino!

m) Separando, nas datas, a localidade:
Rio de Janeiro, 21 de fevereiro de 1980.


MAIA, João Domingues. Português. Volume único. São Paulo- SP,  Ática, 2000.


Para refletir...

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Quem não lê, não escreve


                                                                                                           Ernest Sarlet
Conforme o dicionário Aurélio: Saliva, s.f., líquido transparente e insípido, segregado pelas glândulas salivares, que serve para fluidificar os alimentos e facilitar a ingestão e digestão”. Segundo Lauro de Oliveira Lima, em sua obra  Temas Piagetanos , o dicionarista só esqueceu que há mais produção de saliva por ocasião de um discurso (oratória), que no to das refeições, donde chama-se, na gíria, a aula expositiva de salivação. Ora, em muitos casos, o nosso sistema escolar funciona, obsessivamente, em forma de oratória. O resultado salta aos olhos. Após onze anos de “escolaridade” há muitos jovens que não sabem ler e, como consequência, não sabem escrever. Por isso, o índice de reprovação nos vestibulares é, proporcionalmente, o mais elevado na prova de redação. Em parte, eles não têm culpa. Foram “treinados” na educação “crucificada”.
As avaliações feitas em nível de “questões objetivas”. As respostas são pré-fabricadas e, quem não aprendeu o catecismo, não recebe a bênção!
            Muitos professores, e com justa razão, reclamam a respeito da extrema dificuldade que os alunos enfrentam quando precisam “falar”, “ler”, “escrever” e, principalmente, pensar e refletir. Mas os alunos tiveram a oportunidade de exercitar, operacionalizar a aprendizagem? Ora, a diferença entre a “oralidade” e a aula escrita (textos) é que os textos permitem a reflexão. Não se pode refletir muito sobre o discurso que se ouve, sob pena de deixar de ouvir o orador.
            A escrita é o marco civilizatório, justamente porque cria a reflexão sobre a informação. A rigor, o que significa “estudar”? É meditar, refletir, analisar. A escrita e a leitura estimulam o pensamento para a reflexão, permitindo ir e vir para comparar, relacionar, esquematizar, classificar, seriar, inserir, opor, portanto, meditar. A fugacidade da palavra falada, televisionada não permite a reflexão. Sem dúvida, são “ferramentas” que enriquecem, ilustram, mas não são essenciais. Por isso, desde a alfabetização, a leitura silenciosa de palavras, frases, pequenos textos e seu posterior comentário de indignação, perguntas e questionamentos, individualmente ou em grupos, permite a avaliação do “aprendizado”.
            Leitura é fundamental para poder realizar a escrita. Por mais sofisticada que a tecnologia do som e da imagem possam vir a ser, os roteiros dos locutores, dos noticiários, das novelas, dos filmes, necessariamente, passam, pelo processo da escrita.
            Vamos alfabetizar já!


Ernest Sarlet é diretor de Cidadania e Direitos Humanos da Abicalçados- Brasil e ex-membro do Conselho Estadual de Educação do Rio Grande do Sul. (Jornal NH)

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Cumprimento e comprimento

                                                                                                         
X



Comprimento: dimensão, medida.        
Cumprimento: saudação.                                                              

Exemplo: Pelo comprimento de sua ignorância não espero nenhum cumprimento.